
Menina,
Menina moleque que brinca serelepe
Menina,
Que dá gargalhada,
Que corre danada.
Que vive cercada
Que escorrega na escada.
Menina,
Criança que odeia bonecas,
Que adora sonecas,
Que faz birra,
Que chora sem motivos,
E que ama sem perigos
Que ama o pai,
Que ama o menino moreno,
Que ama a pipa correndo,
Que ama a noite se escondendo
Que vive da vida em movimento.
Menina que joga video game,
Que suja a parede com bola de futebol,
Que torce sem limites,
Que ama o seu time,
Que corre,
Que grita,
Que fala,
Que sisma,
Que teima.
Menina,
Infância menina,
Que não define o que é de menina,
Que vive sempre sendo menina.
E que não se limita a ser apenas menina correta;
Que usa somente o rosa,
Que brinca de bonecas,
Que vive em roda de marocas,
Fazendo fofocas
Menina,
Criança levada.
Prima,
Amiga,
Menina da rua,
Menina Moraes,
Neta do Barbara,
Menina birrenta da rua transversal,
Ovelha negra porque se assume menina sem limites.
A filha,
A flor de maracuja da tia,
A atentada,
A muleque,
Menina,
Que faz poesia,
Que gosta de uma rima,
Que ama sua vida,
E que cresce a cada dia.
Menina que se assume menina,
E que não se limitando menina,
É que realmente possui toda feminilidade existênte no planeta.
Menina,
Que é somente menina,
E sabe ser menina,
E sabe ser quem é.
E se assume como é.
Julia de Moraes
disse tudo, parabéns ... tem muito futuro.
ResponderExcluirmuito inligente, e tem um dom admirável.
amei, vou acompnhar sempre o blog.
Nossa, quanto tempo depois e parece que estava te vendo ao ler estes versos... Ótimo!!! Talentosa e verdadeira. Esta é a Júlia que conheci e fico feliz em perceber que se mantém... em caráter e índole... Saudades, bjos
ResponderExcluirProf Paty