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sábado, 31 de março de 2012


Há uma realização, há um movimento, uma diversificação de sentimentos e razões. Algumas coisas me faz ficar outras faz com que eu vá embora, há alguma coisa de virtude e nenhum amor em mim é eterno, talvez para que eu mantenha minha juventude intacta.
Escrevo sobre aquilo que não possuo e sofro como pessoas que amam, e geralmente amam uma pessoa impossível. Impossível o jeito de andar, impossível no jeito de falar, no jeito de viver, ou simplesmente pela distância.
Mas para viver um grande amor, como dizia Vinicius de Moraes, é necessário amar seja lá como for.
E o preço a ser pago por viver a intensidade dos meus sentimentos for sofrer ou beber demais, eu pago ... para viver um grande amor.
Uma xícara de café bem quente e uma solidão fria, gélida.
O pensamento longínquo e o peito ardente em saudades.
Nada do que nos satisfaz é possível,
Tudo aquilo que precisamos, o que realmente precisamos é impossível.
Não sinto frio nem calor, uso roupas conforme vejo as outras
pessoas.
Estou num mundo tão longe, numa realidade tão desencontrada.
Que minha alma está embebida e minha ausência é o que
ofereço aos próximos a mim.

Um romantismo incomum, e uma velhice precoce.
Será mesmo, eu serei mesmo a alma calada que me acompanha?
Por quê? Porque alma escura, não me ajuda, não encarna em
mim e me faz sentir o que a maioria sente e como sentem?
Deixa-me, nesse estado entorpecido, cheia de saudades e
vivendo uma realidade ...
(Silêncio)
... será mesmo realidade o que vivo?